Nas ruas para todos: artista leva suas obras para o dia a dia dos cidadãos

      Em Campinas a “Arte Marginal” pode ser vista no centro e no bairro do Cambuí

Com cores vivas e desenhos diferentes, adesivos colados em postes nas ruas do centro de Campinas despertam curiosidade de todos que se deparam com a arte. O projeto “Arte Marginal”, do artista Fernando Fragoso (F.F.), expõe de uma forma diferente ao público algumas de suas obras.  Natural de São Paulo e aos 35 anos, o Fernando  que já expôs em lugares tradicionais como a Livraria Saraiva, Tênis Clube e Unicamp, por exemplo, resolveu inovar e criar uma nova forma de mostrar seu trabalho.

“Arte Marginal” nas ruas de Campinas

A ideia do artista e a teoria de que a distância entre você e um objeto é o que o faz grande ou pequeno para ser visto, surgiu após F.F. assistir ao vídeo ‘The Scale Of the Universe’. E, a partir daí, a iniciativa de colar sua arte nos postes das ruas para aproximar o espectador de suas obras.

A “Arte Marginal” traz a tona o questionamento sobre a percepção dos cidadãos em lugares comuns, do dia a dia, dentro da rotina cotidiana de cada um. Observar  como cada pessoa reage ao deparar-se com os desenhos no meio da correria da cidade de Campinas é uma das propostas do projeto, que também observa a importância de levar a arte até o público, sem que este precise se locomover até algum espaço específico.

Fernando explica que esse método, o dos ‘stickers’, é ecologicamente correto e não polui a cidade, uma vez que os adesivos vão se desfazendo com o tempo, quando não são retirados ou caem do local.  Destaca ainda a estratégia de escolha dos pontos de exposição,  “comecei pelo Cambuí e centro porque são regiões com grande fluxo de carros/pessoas, mas já existe adesivos no Taquaral, Barão Geraldo e Guanabara”, afirmou o artista.

A “Arte Marginal” de F.F. pode ser vista até Dezembro nas ruas do centro de Campinas, e no bairro do Cambuí.
Mais informações: info@fernandofragoso.com

Para entender melhor as notícias, segundo Tas

Vencedor de mais de dez prêmios, o Blog do Tas é sucesso absoluto. Em primeiro lugar no ranking dos blogs mais acessados pelos brasileiros, está Marcelo Tas* e seu jeito de fazer entender, de uma forma mais fácil e próxima do internauta, as notícias cotidianas do Brasil e do mundo.

Tas, além de comentar e expor sua opinião sobre os acontecimentos atuais, atrai seu público, jovem e curioso, o qual gosta da ler e se identificar com o jornalista, através de posts do dia-a-dia de seu programa exibido na Band, o Custe o Que Custar (CQC), como também fotos enviadas à ele, de fans e vídeos com grande senso de humor.

O blog é uma forma do apresentador se comunicar com seus leitores através de opiniões e comentários que acrescentam no conteúdo do que foi publicado. Através desta proximidade, Marcelo Tas, desenvolve uma linguística ampla e característica para seu público, tornando-os cada vez mais interessados por aquelas notícias contadas de um jeito bem humorado. Dentro da página, além dos comentários, existe também links que direcionam ao Facebook e Twitter do escritor, além do hiperlink “Tas ao Vivo” que permite a participação dos internautas em seu programa de entrevistas exibido pelo Portal Terra.

Além de universitários, o Blog do Tas atrai leitores conectados de diferentes idades, adolescentes, adultos, idosos, que gostam de se informar de uma maneira interativa e cheia de opiniões.

Com áudios, fotos, vídeos e ilustrações, Tas diverte, educa e interage a partir de seus posts atuais, frequentes e com centenas de acessos diários.

*Marcelo Tas, jornalista, escritor, apresentador, diretor, roteirista, 53 anos.

Liberdade, à vontade!

Matéria realizada para a disciplina de Criatividade em Jornalismo

(Maio de 2010)

Tudo começou com um festival de música em Nova Iorque, era final da década de 60 e os jovens queriam revolucionar e atingir a liberdade de expressão. O Woodstock, é lembrado pela ousadia daqueles que fizeram acontecer, foram três dias de música, paz e amor que marcaram uma geração.

Mas, alguém já parou pra pensar que as calças pantalonas, ou coletinhos, os brincos de artesanato que usamos, vêm dessa época? Que o movimento hippie que teve sua exposição global lá em 1969, ditou a moda que repercute até os dias de hoje? Pois é, a influência do Festival foi também na moda, milhares de pessoas adotaram o visual hippie como forma de comportamento, contestação e atitude.

Os hippies desejavam apenas expressar suas opiniões contrárias ao capitalismo, buscavam a aventura, o prazer e assim, juntavam-se para concretizar suas vontades vivendo em comunidades, também acreditavam que apenas numa sociedade livre da exploração capitalista é que o indivíduo podia gozar de liberdade, de autonomia.

A equação pode assim ser resumida: é preciso ser livre, para libertar a sociedade, ou, só se é livre em uma sociedade livre. O uso abusado das drogas LSD era uma maneira de libertar-se das opressões sociais e políticas, “buscar a liberdade saindo da realidade”, o que acabava desviando as reais preocupações ideológicas para o vício.

No Brasil, o movimento se deu em resposta à ditadura que aqui acontecia, em 1964, os jovens brasileiros começaram a desencanar da vida “certinha” que levavam e buscaram através da música se expressar. Mas não foi tão fácil assim, a idéia de “loucos e coloridos anos 60” que tinham os hippies, foi atrapalhada devido à repressão do governo. A formação de comunidades era algo complicado, pois havia a forte perseguição policial contra os cabeludos, os músicos e aqueles que se vestiam com roupas coloridas e desenhadas.

Mas, o que os hippies têm tanto a ver com o festival de Woodstock?
Pois bem, Woodstock foi a representação da era hippie do final dos anos 60, como explicado acima. Muitos dos músicos mais influentes e hippies da época se apresentaram no show, nomes como Jimi Hendrix, Janis Joplin e Carlos Santana deram vida aos três dias de música, influenciando muitos jovens a seguirem a cultura do “paz e amor”.

Homens e mulheres se sentiam à vontade, tomavam banhos no rio, praticavam sexo livremente, não se envergonhavam de absolutamente nada, estavam vivendo o paraíso. As roupas, além de serem unissex, eram as mais confortáveis, batas largas, calças coloridas pantalonas, óculos grandes e pra finalizar, uma flor na cabeça. Foi assim, através da vista de muitos que o estilo “woodstockiano” começou a ser imitado.

Segundo a estilista de moda Thais Losso, de repente, em milhares de veículos de comunicação espalhados pelo mundo todo apareceu fotos de meninas usando óculos grandes e chapéus esgarçados, tops e camisetas, sem sutiãs, batinhas, meninos cabeludos, roupas coloridas, gente descalça, faixas na cabeça, corpos pintados, milhares de colares, anéis e outros acessórios, enfim, o evento foi uma grande vitrine para que o mundo conhecesse a moda do movimento hippie. Roupas que até hoje são usadas pelos jovens, nunca deixou de ser moda, desde os anos 70 o conforto das batas mais soltinhas, das calças, e o estilo sempre estiveram presente na vida da maioria. Quem nunca teve uma “fase hippie”?

Qualquer jovem hoje reconhece o estilo hippie, mas sem o engajamento que marcou o movimento nos anos 1960 e 1970, também conhecido como Flower Power, por pregar o fim da violência, ficou só o legado na moda, mas há um desejo por coisas parecidas, uma busca pelo mais puro. A influência é visível e comprovada, mesmo com a indústria do consumo tão desenvolvida e com a oferta de roupas em grandes shoppings, a filosofia hippie permanece na moda, não precisa ser seguidor da cultura para vestir uma roupa hippie, hoje existem grifes caríssimas que apostam no look despojado, em contrapartida, nos brechós também se encontram variedades de roupas desta época.

São 41 anos que o estilo hippie é adotado como moda, sempre em alta tendenciosa em qualquer estação do ano, é um estilo que nunca sai de uso e que sempre faz remeter à sua época que foi lançada, conseqüentemente Woodstock.

Além do que se vê…

…nas narrativas jornalísticas.

É muito fácil falar! Ainda mais hoje, no mundo digital e instantâneo.

O jornalismo também entrou na “dança”, não teve escolha a não ser se adaptar ao espaço que conquistou na Web. Para que as narrativas jornalísticas dos informativos on-line fossem acessadas e bem entendidas, as mudanças no modo de contar e descrever os fatos foram fundamentais, as deixando distante do texto de um jornal impresso, por exemplo.

Cada um conta de um jeito. E isso é uma forma de te atrair, leitor!

As mídias são de extrema importância para todos eles, porém os valores que possuem são relevantes de formas diferentes. Na web, a imagem, o vídeo, o áudio, os infográficos, são necessários para atrair o leitor à um hiperlink, e com isso, levá-lo a explorar mais o site de acesso. A estética do impresso é importante e assim como a do jornal digital,  precisa chamar a atenção do público. A diferença, é o modo como nós, jornalistas, contamos os fatos.

A escrita para Web precisa ser mais leve, menos rebuscada. As pessoas conectadas tem pressa, querem ler rápido, se informar de um jeito mais fácil.

Ser simples, neste caso é essencial!

 

 

 

Àqueles rodriguianos

Sobre algumas crônicas de Nelson Rodrigues – Crítica literária produzida para a disciplina de Estética da Comunicação 

Nelson Rodrigues expõe em algumas de suas crônicas, memórias futebolísticas com personagens que fazem parte dos jogos e das coberturas jornalísticas tanto dentro como fora dos campos. A obra destaca-se pelas histórias do cotidiano que o autor apresenta, o modo como são escritas, direcionadas ao leitor, convence – os da rotina “dentro” do futebol.

A presença de personagens reais, que fazem, ou que faziam parte do dia a dia das pessoas, é um elemento positivo para a interpretação e o envolvimento dos leitores e do próprio autor com a obra. Com uma narrativa aberta – que permite uma maior ação reflexiva do leitor – Nelson Rodrigues deixa ao entendimento e a crítica àquele que a lê, ou seja, a conclusão é individual. A intimidade com o futebol brasileiro, com os torcedores, juízes, jogadores, jornalistas esportivos, facilita o “contar” de suas histórias. A linguagem muitas vezes muda de forma, passa de rebuscada para citações de falas de seus personagens, totalmente informal.

As crônicas são diretamente voltadas aos leitores que acompanhavam e acompanham os acontecimentos nacionais, sejam eles relacionados ao futebol brasileiro, a literatura, a filosofia, etc. O autor, em muitas delas, cita nomes e exemplos de pessoas “conhecidas” e isso contribui com a escrita e com a leitura de suas obras. Nelson ainda sugere em seu modo de escrever, uma aproximação com o leitor, muitas vezes colocando- os em situações normais do dia a dia das pessoas, fazendo- os se identificarem com os personagens e ambientes descritos.

Hipertexto

          Explorar informações e interagir sobre temas relacionados através de uma rede interligada de palavras, links e imagens, por exemplo, é a dinâmica função que possui o Hipertexto. Este modelo de representação que permite embutir dentro de um texto, outros textos e informações, deixa a critério do leitor o caminho que irá ser escolhido para o melhor conhecimento dos assuntos explorados.

          A ideia de ligar informações surgiu muito antes da era “online”, os livros já traziam sumários com tal propósito. Porém a seqüência do texto já é pré-determinada pela linearização e paginação, a qual o leitor automaticamente segue uma ordem de leitura. A não linearidade dos hipertextos são favoráveis às explorações de conteúdo e conhecimento, abrangendo assim, um espaço mais amplo para coleta de informações.

          A rapidez e instantaneidade da internet permite que o usuário conectado busque resultados precisos. O hipertexto facilita esta busca, seja com palavras associadas, links, hiperlinks, imagens ou qualquer tipo de multimídia que o remeta aos mais diversos campos exploratórios de tal informação.

“Por hipertexto, eu entendo escrita não seqüencial – um texto com vários caminhos que permite que os leitores façam escolhas, e que são melhor lidos numa tela interativa. Popularmente, são concebidos como uma série de pedaços de textos conectados por links que oferecem ao leitor diferentes caminhos.

(Ted Nelson, 1963, considerado o “pai” do hipertexto).